O senador Confúcio Moura (MDB-RO) tem se destacado nos debates em torno da realização da COP 30, reunindo líderes em Belém para discutir o papel essencial da Amazônia nas estratégias climáticas globais. Em pronunciamento recente, ele enfatizou a importância de revelar ao mundo a realidade complexa da região: não apenas sua exuberância ambiental, mas também as desigualdades sociais profundas que marcam a vida de milhares de pessoas. Para ele, a conferência é uma oportunidade para mostrar que a preservação não pode ser pensada isoladamente da dignidade humana.
Moura relaciona diretamente pobreza e preservação ambiental — ele lembra que muitas famílias amazônicas dependem da exploração da floresta para sobreviver, em função da ausência de perspectivas de trabalho formal e educação. Ele cita a falta de saneamento, a existência de palafitas e o esgoto nos rios como provas dramáticas dessa desigualdade. Para o senador, é preciso garantir melhores condições de vida se quisermos preservar a floresta: só assim as comunidades locais terão motivações reais para proteger o bioma.
Além disso, o senador defende que o Brasil deve buscar soluções internas para financiar a proteção ambiental, sem depender exclusivamente de recursos externos. Ele propõe a criação de fundos nacionais, investimentos em ciência e educação, e apoio à bioeconomia. Moura acredita que com mais pesquisa e conhecimento local sobre a biodiversidade amazônica, será possível aliar desenvolvimento econômico sustentável à conservação.
Confúcio Moura também afirmou que a bioeconomia pode ser uma frente estratégica de crescimento para a Amazônia. Segundo ele, universidades amazônicas já desenvolvem estudos sobre recursos naturais — o que abre caminho para cadeias produtivas sustentáveis, que valorizem a floresta viva em vez de destruí-la. Essa proposta reforça a ideia de que a Amazônia pode gerar riqueza e emprego sem perder sua integridade ecológica.
Outro ponto importante levantado pelo senador é a crítica às declarações de líderes estrangeiros durante a COP 30. Ele mencionou falas de representantes internacionais que menosprezam a experiência brasileira e afirmou que certas abordagens esquecem a história e a responsabilidade nacional. Moura insiste que o Brasil precisa ser ouvido com autoridade e respeito, mostrando que preservar a floresta é também uma questão de soberania e identidade.
Para ele, sediar a conferência na Amazônia é simbólico e estratégico: Belém representa a conexão entre a floresta e as populações que vivem nela, e realizar a COP 30 ali é uma forma de dar voz às comunidades amazônicas no cenário mundial. Moura sugere que, desse modo, será possível articular agendas sociais e ambientais com mais força, contribuindo para soluções que sejam de fato justas e eficazes.
Além das questões sociais, o senador alerta para a crise climática que o Brasil já sente de perto. Ele lembra que eventos extremos, como secas e enchentes, têm atingido com mais frequência o país — e que a Amazônia, apesar de seu papel de sumidouro de carbono, também sofre com a vulnerabilidade climática. Moura afirma que não basta discutir metas globais: é preciso agir localmente, com políticas públicas estruturadas que enfrentem essas emergências.
Por fim, Confúcio Moura defende que a COP 30 não seja apenas um evento simbólico, mas um ponto de virada para a Amazônia e para o Brasil. Ele acredita que as decisões tomadas ali podem transformar realidades, se combinarem preservação, inclusão social e desenvolvimento. Para ele, é hora de assumir o protagonismo amazônico no debate climático, mostrando que proteger a floresta pode e deve andar de mãos dadas com promover a dignidade de quem dela depende.
Autor: Callister Jozeiros
