A recuperação de créditos tributários é uma alavanca concreta para liberar caixa, reduzir contingências e elevar a eficiência operacional. Para Guilherme Guitte Concato, empresas que estruturam um processo contínuo de revisão fiscal conseguem identificar restituições e compensações ignoradas por anos, transformando passivos potenciais em ativos verificáveis. Ao alinhar governança, dados e método, a organização recupera valores com segurança jurídica, melhora indicadores financeiros e reforça sua reputação.
A oportunidade começa pela leitura precisa do modelo de negócios, dos regimes aplicáveis e do histórico de obrigações acessórias. Muitas companhias operam com operações complexas, múltiplos CFOPs e cadastros despadronizados, o que gera créditos não apropriados ou recolhimentos em duplicidade. Entenda tudo sobre o assunto a seguir:
Recuperação de créditos tributários: diagnóstico e mapeamento que revelam oportunidades
O ponto de partida na recuperação de créditos tributários é um inventário completo de operações, tributos e documentos que sustentam cada lançamento. Esse mapeamento considera a cadeia de fornecimento, a natureza dos insumos, a classificação fiscal dos produtos e os contratos com clientes e terceiros. Em seguida, cruzam-se livros fiscais, notas, XMLs, SPEDs e parametrizações do ERP para localizar divergências, omissões e créditos não apropriados em etapas críticas do ciclo de compras e vendas.
Com as premissas definidas, a equipe estrutura hipóteses fiscais e estatísticas de materialidade para priorizar o que de fato gera impacto. Segundo Guilherme Guitte Concato, convém combinar análises retroativas com preventivas: a retroativa identifica créditos perdidos por falhas históricas; a preventiva corrige cadastros, regras de apuração e fluxos de aprovação para evitar reincidências. Relatórios executivos traduzem achados técnicos em números de fluxo de caixa, prazos de retorno e riscos residuais.

Provas, cálculos e governança que sustentam o direito
A efetividade da recuperação de créditos tributários depende da qualidade das evidências. É fundamental produzir memórias de cálculo transparentes, atas de validação e trilhas de auditoria que conectem cada crédito a documentos hábeis. A revisão considera impactos de regimes cumulativo e não cumulativo, incidências monofásicas, incentivos setoriais, créditos de insumos, benefícios regionais e ajustes previdenciários. Tudo deve convergir para uma narrativa técnica coerente.
Na visão de Guilherme Guitte Concato, a governança do projeto exige segregação de funções, versionamento de premissas e revisão jurídica independente antes de qualquer protocolo. Painéis de BI, testes em ambiente controlado e checklists de integridade reduzem retrabalho e padronizam o nível de evidência por tributo e período. Ademais, políticas internas de documentação e guarda de arquivos garantem rastreabilidade, enquanto manuais operacionais atualizados incorporam as correções ao dia a dia.
Restituição, compensação e mitigação de riscos
Concluída a validação, a recuperação de créditos tributários avança para a estratégia de monetização: restituição em espécie ou compensação com débitos vincendos, ou vencidos. A decisão considera liquidez desejada, calendário de obrigações e eventuais restrições regulatórias. Protocolos eletrônicos, processos de conferência e reconciliações entre e-CAC, ERP e contabilidade asseguram que cada etapa seja refletida nos saldos e nos relatórios gerenciais, preservando a consistência entre o mundo fiscal e o contábil.
De acordo com Guilherme Guitte Concato, é prudente combinar agilidade com prudência jurídica. A gestão de riscos inclui análise de decadência e prescrição, avaliação de glosas possíveis, cálculo de impactos de juros e atualização, além de planos de resposta em caso de exigências do fisco. Indicadores como taxa de deferimento, tempo médio de retorno e valor recuperado por período orientam ajustes finos.
Em suma, a recuperação de créditos tributários converte complexidade em vantagem competitiva quando é tratada como processo permanente, não como ação pontual. Ao integrar diagnóstico rigoroso, provas sólidas, cálculos transparentes e governança ativa, sua empresa descobre restituições e compensações fiscais esquecidas. Como evidencia Guilherme Guitte Concato, organizações que institucionalizam esse ciclo ganham previsibilidade, reduzem contingências e aumentam a confiança do mercado.
Autor: Callister Jozeiros