Toda empresa que cresce passa por decisões difíceis. O mercado cobra velocidade, os investidores querem retorno, os concorrentes parecem sempre um passo à frente. E, nesse cenário, é comum que a ética seja colocada à prova. Não de forma explícita, mas em decisões aparentemente pequenas: um atalho aqui, uma flexibilização ali, uma “adaptação” de processo para atender à meta do mês.
É justamente nesses momentos que a postura dos líderes técnicos se torna decisiva. São eles que têm os números nas mãos, os limites claros e a responsabilidade de sustentar a coerência — mesmo quando a pressão é alta. São eles que lembram que o que hoje parece uma solução, amanhã pode virar exposição. E que a reputação de uma empresa é construída na rotina, mas pode ser arranhada por uma única decisão mal pensada.
Profissionais como Robson Gimenes Pontes sabem que ética não é um discurso — é um critério de tomada de decisão. E que manter a integridade técnica é, muitas vezes, um ato de coragem. Dizer “não” quando todos esperam um “sim” pode ser desconfortável. Mas é isso que preserva o negócio no longo prazo. É isso que evita desgastes jurídicos, ruídos internos, retrabalhos disfarçados de agilidade e, principalmente, desgastes de confiança.
Crescimento sustentável não é apenas sobre escalar operação ou aumentar faturamento. É sobre escalar com consciência. É alinhar velocidade com responsabilidade. E é justamente o setor financeiro — técnico, metódico, racional — que tem o papel de segurar o compasso. De lembrar o quanto custa um erro, mesmo que “aparentemente vantajoso”. De manter a clareza quando o resto da organização está ofuscado pelo entusiasmo ou pelo desespero.
Essa liderança, muitas vezes invisível, é o que mantém a empresa íntegra. E a ética aplicada ao crescimento não significa ser lento ou conservador. Significa ser sólido. Significa construir algo que aguente o peso do próprio sucesso, sem desmoronar quando os holofotes se apagarem.
Autor: Callister Jozeiros